TELEVISÃO
Pior novela: Amor e Revolução
A intenção era até boa (se bem que nunca vi novela ser feita com intenção ruim), mas o resultado final ficou uma bela bosta, com um fiapo de roteiro, cenários quase caindo aos pedaços e atores com atuações risíveis além do aceitável. Nem toda a polêmica acerca da produção foi suficiente para levantar o Ibope e o moral da novela. Ah: e o Banco PanAmericano quebrou, mesmo. Ou seja, nem pra salvar o banco do Patrão a novela serviu.
Pior programa: Cidade Alerta
Mas podem chamar de "A ida do que não voltou", que é o contrário de "A volta do que não foi". A Record gastou os tubos pra contratar o Datena, a audiência não correspondeu e o programa michou - primeiro com a saída do apresentador, que voltou à antiga emissora; depois, com os sucessivos fracassos de crítica. Nada mais previsível que acabasse de vez depois de cerca de três meses. Comandante Hamilton ficou órfão depois dessa.
Pior reality show: A Fazenda
Vem cá, se até o Big Brother Brasil anda apresentando sinais de desgaste (ainda que renove seus quadros ano após ano só pra enganar uns trouxas), o que dizer de uma Casa dos Artistas sem o menor carisma? E ainda com subcelebridades a granel? Pois é: depois da terceira temporada, a fazendola não convence mais ninguém.
Pior apresentador: José Luiz Datena
Se o Cidade Alerta foi um fiasco, muito se deve à, digamos, saudade da Bandeirantes que Datena demonstrou em menos de um mês de apresentação do programa na Record. No mais, esteja onde estivesse, o mesmo trololó sensacionalista de sempre.
Pior apresentadora: Daniela Albuquerque
Toddynho? ET de perna fina? Ligação ao vivo da Polícia Civil? Óctono (ou seria óctano? Ah, sei lá...)? Bobagem! Quando se é a primeira-dama da emissora, tudo pode. O pior é constatar que a vice-primeira-dama é a madrinha desta premiação, Luciana Gimenez. Keila Lima, é preciso constatar, não obteve lá muito sucesso ao tentar ensiná-la a ser ao menos uma apresentadora razoável.
Maior mico televisivo do ano: ET Bilu destaque no Domingo Espetacular, da Record
Pelo menos por um domingo, ele foi o astro principal da TV-de-primeira-a-caminho-da-liderança. Isso tudo (dentre diversos outros fatores, verdade seja dita) graças a uma frase de altíssima sabedoria: "Busquem conhecimento". Esse conselho deveria ser seguido à risca pelos jornalistas da Record, que é pra eles aprenderem a fazer seu trabalho direito (e nem falei da pseudomorte do Amin Khader).
CINEMA
Pior filme do ano: A Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 1, dirigido por Bill Condon
Na boa, alguém ainda engole essas histórias de vampiros xoooovens e emo-vegetarianos que estão suuuuuuuuper na moda?! Bem, isso a gente aqui nunca digeriu. O pior é sabermos que ainda haverá a Parte 2! Aí, é dureza.
PRÊMIOS TEMÁTICOS
Bundinha de Bebê de Frase Cretina do Ano: "Comeria ela e o bebê!", de Rafinha Bastos
Sim, sabemos que o humor tudo pode. E que humor com limite é a coisa mais sem graça que existe. Mas o que o então apresentador do CQC fez naquela ocasião não foi humor, apenas grosseria. Que teve consequências muito além do que poderia ter, a bem da verdade.
Laxante de Ouro de Cagada do Ano: O caso Cesare Battisti
O Supremo Tribunal Federal, ao dar permissão para o terrorista italiano permanecer no Brasil, confirmou a fama que o nosso país tem de abrigar bandidos de toda espécie. A sensação é ainda pior quando constatamos que ele segue o estilo da atual "diplomacia companheira" brasileira, pautada única e exclusivamente por critérios ideológicos.
Capacete Viking de Corno do Ano: Veronica Lario
A ex-mulher do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi não é nenhuma santa, mas o Divo redivivo consegue ser ainda pior. Estava mais do que na cara que, depois de inúmeros escândalos acerca do nome do então premiê (entre inúmeros Bunga Bungas e programas com menores), ela iria saltar fora antes que nem pudesse passar da porta.
Florentina de Jesus de Pior Canção do Ano: Ai, Se Eu te Pego, de Antônio Dyggs e Sharon Acioly, cantada por Michel Teló
O que pode ser pior que uma música que não faz o menor sentido e não acrescenta nada ao cancioneiro nacional fazer sucesso? É isso tudo fazer sucesso internacional, fazendo nossa música passar vergonha mundo afora. Jogadores do futebol europeu, soldados do exército israelense e quejandos apenas demonstram que as coisas sempre podem piorar quando o assunto é a qualidade musical presente no mundo inteiro (Friday, aquele grude cibernético cometido por Rebecca Black e que virou febre via YouTube apesar de - talvez até por - ser trash até a alma, que o diga).
Osama bin Laden de "Já Vai Tarde" do Ano: Osama bin Laden
Esse era o Prêmio Mao Tsé-Tung, anualmente concedido ao maior, digamos, "já vai tarde" do ano. Mas a passagem do Osama rumo ao quinto dos infernos era tão esperada pelo mundo civilizado que o prêmio teve que mudar de nome. E olha que 2011 foi um ano pródigo em mortes esperadas mundialmente: Muammar Kadafi e Kim Jong-Il também poderiam ter perfeitamente conquistado o laurel.
Carlo Collodi de Lorota do Ano: O caso Dominique Strauss-Kahn
O então presidente do FMI e pré-candidato à presidência da França já tinha fama de pegador, mesmo sendo casado já há algum tempo. Ou seja, era um barril de pólvora com um pavio curtíssimo. Só faltou a explosão, e ela veio no caso da camareira de um hotel em Nova Iorque. Mas as evidências de que tudo aquilo não passava de armação começaram a surgir, suscitando sérias dúvidas a respeito do processo investigativo.
Ben Johnson de Mico Esportivo do Ano: O desaparecimento do Santos na final do Mundial de Clubes contra o Barcelona
Um time de astros vindo da Baixada Santista havia conquistado a Libertadores, liderado por um jovem craque que prometia, a médio prazo, ser o maior jogador do planeta. Chegou à final do Mundial, como era previsto, mas foram necessários apenas 45 minutos para o castelo de cartas desmoronar. Nada como enfrentar o melhor Barcelona de todos os tempos para manter alguns paradigmas, não é mesmo?
Susana Vieira de Vergonha Alheia do Ano: Mulher Maçã homenageando "Esteve" Jobs
O que mulher-fruta não faz pra aparecer: aproveitando a ocasião da morte de Steve Jobs, fundador da Apple, a Mulher-Maçã chorou as pitangas no Twitter e disse que seu nome artístico foi em homenagem à empresa. Nem se ela soubesse escrever o nome do cara da maneira correta, isso seria convincente. Acho que ela mal consegue usar uma mísera máquina de escrever, quanto mais um iPad (será que ela sabe o que é isso?).
AS MALAS
Mala de Bronze: Neymar
Ele pode ter jogado muita bola no ano passado, mas foi um tremendo arroz de festa também. Não se sabia se passava mais tempo dentro do campo, nas revistas de fofoca ou no cabeleireiro, pra ajustar aquele seu penteado ridículo de calopsita quarto-mundista. Pra piorar, ele não correspondeu às expectativas em pelo menos dois momentos: na Copa América (em que o Brasil não passou das quartas de final) e na final do Mundial de Clubes. Ele ainda terá que comer muito arroz com feijão ainda.
Mala de Prata: Carlos Lupi
O ex-ministro do Trabalho foi mais um dos inúmeros denunciados por, hã, "malfeitos" durante o primeiro ano de governo de Dilma Rousseff. Ele primeiro negou tudo e disse que só seria retirado do cargo na base da bala. Depois ele afinou e disse que amava a presidente da República, que pelo visto não correspondeu a tamanha paixão. Daí, vieram as primeiras provas materiais de malfeitoria ministerial. Então, só restou a Lupi cair de podre do ministério. Aliás, a julgar pela quantidade de demissões de ministros em 2011, se isso que eles fizeram foi malfeito, imagine se eles tivessem feito aquilo bem (piadola meio óbvia, mas não resisti).
Mala de Ouro: Zezé di Camargo e Luciano
Uma mala sem rodinhas, mas com esporas. Assim se resumiu o ano do pai/avô e do tio/tio-avô mais comentados do Brasil em 2011. O caso Wanessa Camargo/Rafinha Bastos, acreditem, foi o menor dos problemas. O pior, certamente, foi a separação que representaria o alívio momentâneo para nossos ouvidos. Separação essa que durou menos de 12 horas. Com a internação do Luciano em um hospital no meio, por ter misturado uísque com calmante. Depois que este recebeu alta, um périplo da quase ex-dupla por inúmeros programas de TV pra explicar o amor intenso e fraternal que a une etc. Enfim, uma malice só e que justifica plenamente o recebimento do prêmio pelo júri.
E agora, rufem-se os tambores! Haaaaaaaaaaja coração!!!!! O Mala do Ano de 2011 é...
RICARDO TEIXEIRA
O presidente da CBF, visto como o grande favorito da contenda, confirmou esse favoritismo ao ganhar com certa folga o prêmio máximo desta nossa noite. Já que a entidade que ele preside se orgulha tanto dos títulos conquistados pela Seleção durante sua gestão (apesar dele, a bem da verdade), taí mais um título pro laurel cebeefístico. Mas eu acho que vai cagar montão pra esse prêmio. Por isso, o troféu (uma malinha de platina falsa em cima de palma de uma mão totalmente aberta) virá acompanhado de um rolo de papel higiênico, que é só pra garantir.
Confira o resultado final!
1) Ricardo Teixeira, que há mais de duas décadas caga de montão pro futebol brasileiro: 29,66% (35 votos)
2) Orlando Silva, que teve que enfiar a tapioca dentro depois de ser denunciado por corrupção: 22,03% (26 votos)
3) Fernando Haddad, que sempre esteve ENEM aí pra educação mas não larga o osso de jeito maneira: 18,64% (22 votos)
4) Sérgio Cabral Filho, o governador amigo do povo e mais amigo ainda dos empresários: 16,10% (19 votos)
5) Silvio Berlusconi, que sonhava em ser mistura de Nero com Calígula mas foi só o cavalo do imperador: 13,56% (16 votos)
Total: 118 votos
Bom ano a todos!
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