4.1.09

RUFAI VOSSOS TAMBORES!!!!!!!!!!!! NINGUÉM PEDIU, MAS MESMO ASSIM DIVULGAMOS OS GRANDES GANHADORES DA...

TASSA DI PRÁSTICO 2009

A tradicional cerimônia que premia os piores do ano passado que acabou de passar está mais bombada do que nunca - no sentido de ser uma autêntica bomba, mesmo. Juramos pra você: foi bem complicado escolher os premiados do último ano. Mas pelo menos a gente fez um bom apanhado do que de mais horrendo houve em 2008. Portanto, vamos aos premiados!

TELEVISÃO

Pior novela: Possivelmente esse foi o vencedor mais fácil de todos. Tanto que vamos tirar uma ondinha e impor-lhes uma charada. Vocês têm três chances de acertar:

  1. Essa novela foi da Record;
  2. É cheia de mutantes;
  3. NÃO é Os Mutantes.

Acertou quem disse...

Caminhos do Coração - Inicialmente, seria uma simples história de amor com alguns mutantes na qualidade de coadjuvantes. Só que os tais mutantes começaram a tomar conta do pedaço e cagalhoparam a história toda. E o pior é que teve gente que gostou! Tanto que o autor Tiago Santiago (que tinha feito relativo sucesso na mesma emissora, alguns anos antes, com a ótima A Escrava Isaura e a nem tanto Prova de Amor) fez uma outra novela - na verdade, uma continuação - intitulada Os Mutantes: Caminhos do Coração, capaz de fazer Ed Wood corar de vergonha no túmulo. Ou seja: Caminhos do Coração, a original, pavimentou a grande pérola trash de 2008 - que só não ganhou a Tassa di Prástico de pior novela do ano porque ainda está no ar. De todo modo, é a grande favorita ao prêmio de pior novela de 2009. E, pelo visto, de 2010 também: os caras da Record-TV-de-primeira-a-caminho-da-liderança já estão ameaçando uma terceira (!!!) temporada dos primos miseráveis dos X-Men para este ano.

Pior programa de auditório: É o Amor - Tá, eu sei que a apresentadora Patrícia Maldonado, além de competente, é uma gracinha, e não tem culpa alguma. Acontece que o programa que ela apresentou neste ano (adaptação nacional, até no título, de What You Need Is Love) foi um pavor só. Quase nada funcionava naquele pardieiro, mesmo que o amor tenha sido o tema principal. Aliás, a Bandeirantes vem se tornando pródiga em ganhar prêmios seguidos de piores programas de auditório...

Pior apresentador: Diego Alemão - O mais carismático dos vencedores do Big Brother Brasil fazendo um programa, no Multishow, sobre o... Big Brother Brasil? Agora é que eu não durmo, de tanto pensar como nunca ninguém pensou nisso antes.

Pior apresentadora: Luciana Gimenez - A gente estava até com saudades da Luciana Gimenez ganhando o prêmio de pior apresentadora do ano. Mas com as lambanças todas que ela faz há tempos, seria injusto ela sair de mãos vazias. Nem que fosse apenas com o prêmio de conjunto da obra.

Pior programa humorístico: Uma Escolinha Muito Louca - Enquanto a Escolinha de verdade (a do Professor Raimundo) está fora do ar, as genéricas não dão conta do recado. Esta aqui estreou no final do ano, mas merece o prêmio pela total falta de originalidade.

CINEMA

Pior filme nacional do ano: Entre Lençóis, de Gustavo Nieto Roa - Só por ter o Reynaldo Gianecchini como ator principal, já seria suficiente pra merecer o prêmio. Mas trata-se de cópia descarada de um filme chileno, ainda que o diretor - por sinal, colombiano - negue isso até a morte.

Pior filme em língua estrangeira do ano: Super-Heróis: A Liga da Injustiça, de Jason Friedberg e Aaron Seltzer - Tá pra nascer filme de humor tão cheio de clichês como esse no cinema - e olha que houve um monte deles nos últimos anos. Mas esse ganha por mostrar que o poço em que o cinema de paródia nos Estados Unidos se meteu não tem fundo. O detalhe é que os diretores são rigorosamente os mesmos de outra tragédia cinematográfica que infestou as salas no ano passado: Espartalhões.

VARIEDADES

Troféu Bundinha de Bebê: "Ou você diria ao paciente: 'Meu, sífu'?", proferida por Lula em discurso de lançamento do Fundo Setorial do Audiovisual - Mais uma vez, Lula ganha o prêmio dado à frase mais energúmena do ano, uma constante desde a criação do prêmio. Ao mesmo tempo em que se vangloria de sua popularidade, o presidente faz coisas de corar o mais informal dos políticos brasileiros. Depois ainda tem gente que reclama quando falamos do teor diarreico das declarações dos figurões do governo.

Troféu Laxante de Ouro: As ações desastrosas da Polícia Militar do Rio de Janeiro - No ímpeto astucioso (ou não) de tentar garantir a segurança de cidadãos cariocas e fluminenses, a PM do Rio fez algumas das mais cretinas operações de rua de todos os tempos. Inocentes pagaram com a vida pelas debilidades policiais, fazendo com que a população se sinta mais insegura do que já está.

Troféu Capacete Viking: Bia Antony - O prêmio de corno do ano é mais do que justo para a Sra. Ronaldo Fenômeno, o mais desavisado jogador de futebol de que se tem notícia. Ele queria se divertir um pouquinho, mas pelo visto se enganou em relação a sua escolha...

Troféu Florentina de Jesus: Créu, interpretada (sic) por MC Créu - Com todas as suas cinco velocidades, esta pérola da moderna cultura nacional ganha o prêmio de pior canção do ano por sua profundidade lírica. Bota profundidade nisso.

Troféu Ben Johnson: O futebol carioca por todo o ano - Nunca uma cidade inteira ficou tão frustrada por causa de seus times. Senão, vejamos (por ordem alfabética):


  • Botafogo: Começou bem, mas de chororô em chororô foi se perdendo no meio do caminho e terminou o Brasileirão no maior caguianda de todos os tempos.
  • Flamengo: Foi campeão carioca, mas pagou um King-Kong histórico na Libertadores. Ia bem no Brasileirão, mas sucumbiu à própria incompetência e ficou de fora da própria Libertadores de 2009.
  • Fluminense: Embarcou na língua solta de seu treinador (falaremos dele daqui a pouco) e conseguiu perder a Libertadores pra uma tal de LDU-sei-lá-das-quantas em pleno Maracanã. Depois disso, passou sufoco pra se livrar do rebaixamento no Brasileiro.
  • Vasco: Bem... Não precisa dizer nada. Pros não-vascaínos, vergonha alheia total.

Troféu Mao Tsetung: Jean-Marie Ballestre, ex-presidente da FIA - Quem acompanhou a Fórmula-1 no final dos anos 80 não se esquece até hoje da "mãozinha" que ele deu pra dar o título de 1989 ao compatriota Alain Prost, prejudicando o brasileiro Ayrton Senna (que seria campeão nos dois anos seguintes). Isso sem contar a postura arrogante que ele fazia questão de demonstrar sempre. Por isso, Ballestre ganha o prêmio de maior "já vai tarde" do ano.

Troféu Carlo Collodi: A "marolinha" do Lula - Em homenagem ao criador do Pinóquio, batizamos o prêmio dado à maior lorota do ano. E o seu primeiro ganhador não poderia mesmo ser outro. Enquanto a crise financeira mundial barbarizava em ritmo de tsunâmi, o nosso querido presidente-oitenta-por-cento balbuciava que, por aqui, não passaria de uma simples marolinha. Explica aí o aumento do dólar, o desabamento da Bovespa e as demissões em massa de várias empresas, então. Há quem diga que é apenas o começo. Espero que esteja quase no final, mas...


AS MALAS

Mala de Bronze: Pedro Cardoso - O ator, que fez algumas pequenas pérolas no fim da era da pornochanchada, agora posa de bom moço ao liderar uma cruzada contra a nudez na dramaturgia brasileira - que ele chama de "pornografia". Ainda bem que ninguém - a não ser a mulher dele, a causa de tal manifesto - o levou a sério.

Mala de Prata: Luana Piovani - Poucos se lembravam de sua existência até ela ser protagonista de alguns barracos no ano. Foi Dado Dolabella, foi camareira, foi porradaria que a tirou de seriado... Um furdunço só. Quem sabe ela fica mais calminha.

Mala de Ouro: Renato Gaúcho - O grande personagem esportivo do país em 2008 - e olha que a concorrência foi forte. Da final da Libertadores pelo Fluminense ("Nós estamos a cinco metros da próxima Libertadores enquanto os outros estão a cinco mil quilômetros; depois que a gente ganhar, vamos brincar no Brasileiro") ao rebaixamento à Série B pelo Vasco, não houve a menor dúvida sobre quem seria o justo vencedor do prêmio da crítica. Ou será que alguém teve pena dele?

Troféu Vergonha Alheia 2008: Ronaldo Fenômeno - O caso dos travecos seria mais do que suficiente para que o Fofonaldo ganhasse merecidamente a comenda - e foi mesmo, por ser um mico fenomenal. Mas o que fechou o ano com chave de bosta foi sua apresentação ao Corinthians muitos e muitos quilos acima do peso. Mesmo depois de ter treinado, com direito a aquecimento, durante meses e meses.

Agora, sim, o grande prêmio da noite! O Mala do Ano de 2008 é...


CESAR MAIA

O virtualcaide (agora, ex-prefeito) não poderia ser um vencedor mais justo - apesar de que o prêmio seria justo, fosse quem fosse o vencedor. O ano todo foi decisivo, se bem que os três anteriores também - mas o último mês foi determinante, com o atraso na inauguração daquele trambolho chamado Cidade da Música por causa da reprovação do Corpo de Bombeiros. Ainda por cima, inauguraram o troço incompleto, ainda em construção.

O pior de tudo é que o seu sucessor, Eduardo Paes, entrou dicumforça pra tentar se eleger o Mala do Ano de 2009: mal tomou posse, suspendeu o restante da construção por quatro meses.

A classificação final foi a seguinte:

1) Cesar Maia, que deu total atenção à Internet e deixou a cidade do Rio bem, mas bem de lado: 20 votos (25,32%)

2) Celso Amorim, que faz o Barão de Rio Branco dar seguidas piruetas na tumba, e Dunga, aquele que pensa que é Mestre mas na verdade não passa de um simples Zangado: 17 votos cada (21,52% cada)

4) Sarah Palin, a governadora carola que queria dominar o mundo mas não deu nem pra saída: 13 votos (16,46%)

5) Marta Suplicy, que mostra definitivamente que, sim, um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar: 12 votos (15,19%)

Total: 79 votos

Por hoje é só. Feliz 2009 a todos!!!

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