Momentos Eternamente Revividos Democraticamente na Avenida
Autores: Pinduca de Ouro, Jebão de Castro, Cleomirfas José, Jamir Fígado Novo e Zé Ruela de Almeida
Intérprete: Aluízio Cachaça (ou quem estiver sóbrio ao passar pelo carro de som, no momento do desfile)
Eu naveguei... pelo Canal do Mangue
E me lembrei do sangue... derramado por ali
Tantas hemorroidas passaram, triunfantes
Nunca havia me emocionado assim antes
Recordei-me então desse enredo tão feliz
Cheiroso como bala de anis
A gente paga... A gente come
A gente solta e antes disso some
E não se dá conta da importância que isso tem
É o ciclo da vida, cada coisa faz um bem
A cadeia alimentar, que ideia genial
Inspiração para o nosso Carnaval
Mas é tudo a lesma lerda
Fica na mesma quem não herda
Não importa se eu não puder rimar
Nessa festa eu vou me esbaldar
Os antigos já utilizavam como fertilizante
No Sul da África é sinal de fartura e fertilidade
Mas não importa... Se uma coisa é importante
Aqui no Brasil o barrão é livre de verdade
Sou brasileiro... Já estou acostumado
Os desfiles da Trombada sempre foram assim
Tendenciosamente coliformes fecais
E assim serão durante muitos Carnavais
Mãe, já acabei! É a Trombada na Avenida
No meu troninho eu sou o rei
E conto a história da nossa vida
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