3.1.08

RUFEM OS TAMBORES!!!!! PREPAREM SEUS CORAÇÕES E SEUS ESTÔMAGOS PARA VER OS VENCEDORES DA...


TASSA DI PRÁSTICO 2008


Estão aí os vencedores!!!!! (Se é que isso é possível...)


TELEVISÃO

> Pior novela: Eterna Magia

A proposta era até boa: uma história de bruxas e magos no horário das seis da tarde. Mas teve gente que chiou e não gostou da empreitada em seus primeiros capítulos. Aí, resolveram mudar alguns aspectos e o caldo começou a desandar: o roteiro já não era dos melhores e as mudanças o pioraram de vez. Além disso, algumas atuações ficaram fora do tom e colaboraram para a novela ser um fracasso total.


> Pior programa de auditório: Márcia

Todos pensavam que estavam livres de Márcia Sopa de Letrinhas Goldsmitch (um dia a gente ainda aprende a escrever o nome dessa mulher direito). Eis que, no finalzinho de julho, a Bandeirantes decidiu colocar seu "famoso" programa ("consagrado" no SBT, na década passada) de volta ao ar só pra pagar o que ainda deve à apresentadora. No mais, ela ajuda a fazer de seu espetáculo uma joça total, com direito a representações dos dramas apresentados pelos atores e atrizes mais canastrões possíveis, com direito a uma narração melosa pseudo-emotiva.


> Pior apresentador: Paulo Henrique Amorim

O sr. "Olá! Tudo beeeeeem?" se consagra como o mais volúvel jornalista da TV brasileira no momento, com reportagens de um chapa-branquismo que chega a ser constrangedor. No último mês do ano, então, o homem que há mais de 20 anos precisa de um fonoaudiólogo pra conter a voz de taquara rachada protagonizou o grotesco espetáculo do programa humorístico do colega de emissora Tom Cavalcante, em que foi fungado no cangote pelo Alexandre Frota e só faltou calçar botinhas cor-de-rosa. Vê se o William Bonner, por exemplo, iria fazer coisa parecida no Zorra Total.


> Pior apresentadora: Xuxa Meneghel

A ex-rainha dos baixinhos, em sua eterna síndrome de Peter Pan, recusa-se a admitir que o tempo dela como apresentadora de programas infantis (em todos os sentidos) já passou. Tanto que a Globo, acertadamente, tirou o TV Xuxa do ar em 31 de dezembro. Mas parece que nem todo o tempo de férias do mundo dará jeito naquela que, belo dia, deflorou um certo Hugo... E o pior é que não há nada ruim nessa vida que não possa piorar: Sasha vem aí.

> Pior programa humorístico: Sem Controle

Nada mais é do que um clichê do pior do pior que o humor brasileiro oferece nos dias de hoje. Ainda bem que quase ninguém viu, porque o SBT vive mudando a grade de programação o tempo todo.


> Prêmio especial de maior mico televisivo do ano: TV JB

A emissora durou apenas cinco meses, mas foi uma experiência inesquecível - no pior dos sentidos. Além de não ter conseguido melhorar o sinal sofrível de imagem e som da eternamente moribunda CNT, conseguiu trocar de grade de programação mais vezes que o SBT na temporada. Assim, fica difícil ser feliz com uma alternativa tão medíocre, que tinha tudo para ter alguma qualidade.


CINEMA

> Pior filme nacional do ano: O Dono do Mar, dirigido por Odorico Mendes

A película foi produzida em 2004, e só foi lançada nos cinemas brasileiros três anos depois. Antes não tivesse sido lançada nunca! Assim, as poucas salas que a exibiram, e geralmente por uma única e mísera semana, não teriam tido um preju colossal com uma fitinha muquirana como essa. Cada país tem o Stephen King que merece, não é, Zé Sarney?


> Pior filme em língua estrangeira do ano: Bratz, o Filme, dirigido por Sean McNamara

Falar o quê desse filme? Roteiro baseado em boneca tinha que dar nisso...


VARIEDADES

> Troféu Bundinha de Bebê (para a frase mais cretina do ano): "Relaxa e goza, porque depois você esquece todos os transtornos", proferida pela ministra do Turismo, Marta Suplicy, como "conselho" aos passageiros que sofriam com a crise aérea

Nada surpreendente para uma sexóloga de formação, que trabalha em um governo que dá de ombros para a crise aérea. Mas o pior viria no mês seguinte...


> Troféu Laxante de Ouro (para a maior cagada do ano): O acidente com o avião da TAM no Aeroporto de Congonhas

Um inimaginável "bicampeonato" (em 2007, ganhou nesta mesma categoria o acidente da Gol) para a crise aérea nacional. Uma sucessão de erros bateu o recorde de mortos num acidente aéreo no Brasil. São fatos como esses que andam fazendo os passageiros se benzerem antes de entrar num avião.


> Troféu Capacete Viking (para o corno do ano): Verônica Calheiros

Pelo sobrenome, dá pra ver quem é: trata-se da maior vítima de um caso de corrupção que abalou o Congresso Nacional. Não é preciso dizer mais nada.


> Troféu Florentina de Jesus (para a pior canção do ano): Dizem que Eu Mudei, cantada por Ricky Vallen

Num ano marcado por canções ridículas (o que inclui pérolas como aquela em que o cara quer ser o urso de pelúcia de uma tal Lúcia, e uma versão de Michael Jackson cantada pelo Roupa Velha, ops, Nova), o que chamou a atenção foi uma em que um dos versinhos contém um erro crasso de Português. "Sinceramente, não dá pra esquecer o que houve entre eu (sic) e você..." A canção inteira é melosa toda vida, mas esse verso foi determinante para o prêmio.


> Troféu Ben Johnson (para o maior mico esportivo do ano): Rebeca Gusmão

A nadadora brasiliense entrou para a história do esporte brasileiro pela porta dos fundos: tornou-se a primeira esportista nacional a perder medalhas (duas delas de ouro, nos Jogos Pan-Americanos) que tinham sido ganhas em uma competição de grande porte, por ter sido flagrada no exame antidoping. E olha que a concorrência foi grande! Romário, que fez uma festa tremenda em torno de algo que nunca existiu (além de também ter se envolvido com doping, mesmo que de forma involuntária), e o time do Corinthians (rebaixado para a Segunda Divisão do Brasileiro), foram outros fortes candidatos a receber a comenda.


> Troféu Mao Tsetung (para o maior "já vai tarde" do ano): CPMF

Admitimos: o ex-governador, ex-senador, ex-qualquer coisa baiano Antônio Carlos Magalhães estava quase ganhando esse prêmio póstumo. Porém, contudo, todavia, eis que no último mês do ano, enfim, os nossos "eleitos" nos fizeram um enorme favor: acabaram com o imposto que deveria ajudar a saúde, mas não conseguia fazê-lo de jeito nenhum, e que mesmo assim, sabe-se lá o porquê, era a grande bandeira do governo Lula.


AS MALAS

> Mala de Bronze: Mônica Veloso, a Mãe do Ano

Olha a Mônica, olha a Mônica, saradinha e gostosona... Pena que ela se trate de mais uma aproveitadora que se deu bem ao ser a mulher errada no lugar certo. O pior é que ela vai se estabelecer de vez no circuito arroz-de-festa da alta sociedade (e da baixa também).


> Mala de Prata: Marco Aurélio Garcia, o Mr. Top-Top

Isso sim é tripudiação sobre as vítimas do acidente aéreo da TAM. O gesto de amor e caridade que fez juntamente com seu aspone, cujo nome não nos vem à memória (acho que nem precisa), é a prova definitiva de como estamos bem arranjados com os "hômi" que assessoram o governo federal.


> Mala de Ouro: Dom Luiz Cappio, o padreco-Garotinho

Quando pensávamos estar livres de um esfomeado-engajado (fator determinante para a eleição do Mala do Ano em 2006, lembram?), eis que vem o bispo de qualquer coisa protestar contra a transposição do Rio São Francisco (algo polêmico, mas que não justifica um ato extremo como esse). Ele ganha o que pode ser dividido com qualquer um - principalmente com a Letícia Sabatella.


> Menssão Onrroza: As ex-bandas em atividade que se juntaram só pra ganhar uns caraminguás a mais

The Police, Spice Girls, Backstreet Boys... Esses todos já deram o que tinham que dar (se bem que alguns deles nunca deram em nada, nem em qualidade). Mas eles insistem em enrolar mais um pouco seus fãs e cantar velharias só pra encher os cofrinhos. Voltaram depois de anos pra fazer turnês caça-níqueis que correm mundo e geralmente não dão em nada.


E finalmente, o prêmio mais esperado da noite! O Mala do Ano é...

HUGO CHAVEZ

O fanfarrão bolivariano fez por merecer ganhar o prêmio mais desimportante da Internet mundial. Ele fez uma sucessão de caquinhas, literalmente do começo ao final do ano (a mais recente delas, no último dia de 2007, foi o estrondoso fiasco no resgate dos reféns das FARC no meio das selvas da vizinha Colômbia). Entre uma e outra, houve vários fatos dignos de nota (zero): os ataques ao Congresso brasileiro, o glorioso cala-boca do rei Juan Carlos... Enfim, o presidente venezuelano ganha, com alto merecimento e larga margem de votos, o prêmio de Mala do Ano de 2007. Taí o resultado final:

1) Hugo Chavez, o fanfarrão bolivariano que quer ser o sucessor de Jesus Cristo na Terra: 35,71% (45 votos)

2) Renan Calheiros, senador, criador de gado, reprodutor, Pai do Ano e revelador de novos "talentos": 23,81% (30 votos)

3) Romário, que fez um carnaval do tamanho do Maracanã em torno do 902º gol de sua carreira: 14,29% (18 votos)

4) Nelson Jobim, o ministro que continua deixando o Brasil inteiro no chão (e não é a seus pés): 13,49% (17 votos)

5) Marta Suplicy, a ministra que mandou relaxar e gozar com a elegância que lhe é peculiar: 12,70% (16 votos)

Total: 126 votos

A Tassa di Prástico 2008 termina por aqui. Um bom ano a todos!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

vc poderia ter criado mais uma tassa di prástico: "a maior mentira do ano"-
Fidel declarando que não tem apego a cargos do poder. Essa foi ótima.

Daniel F. Silva disse...

Boa idéia, anônimo! Para 2009, poderemos criar o Troféu Pinóquio de maior lorota do ano.